sábado, 29 de março de 2008

Floresta em Pé

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Jorge Luiz Vivan relata em seu livro “Agricultura e Florestas” [1] que, quando os italianos chegaram ao sul do Brasil no final do século 19, derrubavam araucárias (Araucaria angustifolia) com mais de 45 metros de altura e 3 metros de diâmetro para plantarem trigo, cujas sementes haviam trazido da Itália, e era a cultura que conheciam. Numa área correspondente à copa de uma dessas árvores, cerca de 600 metros quadrados, colhiam 60kg de trigo, enquanto uma araucária podia produzir 300kg de pinhões. Não o teriam feito se conhecessem o potencial produtivo das araucárias, cujas florestas não se recuperaram desde então. É uma lição a ser aprendida. [2]
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O Projeto "Floresta em Pé", lançado neste mês de março pelo IBAMA em Santarém, pode ser um passo muito importante no sentido da preservação das florestas. Compreende cooperação técnica entre os governos do Brasil e da França, e parcerias envolvendo empresas e comunidades no Estado do Pará, promovendo e apoiando iniciativas comunitárias de manejo sustentável da floresta amazônica. [3]
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[1] Vivan, Jorge L.
“Agricultura e Florestas – Princípios de uma Interação Vital”
Guaíba, RS - 1998
Editora Agropecuária
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[2] Não sendo anacrônico, na época não tinham conhecimentos, mas hoje temos, e persistir no erro do desmatamento puro e simples, é ignorância.
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[3] Desde então o IBAMA foi dividido, criou-se o ICMBio, e mais recentemente (2018-19) a instituição perdeu recursos, o que dificulta a manutenção dos projetos.
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Foto: © Nelson Wisnik, 2009
..........Araucária angustifolia plantada por mim em 1997 no Distrito de Barão Geraldo, Campinas SP, a partir de semente (pinhão) recolhido na Serra da Mantiqueira

quinta-feira, 27 de março de 2008

curto e grosso

"Os países industrializados não poderão viver da maneira como existiram até hoje se não tiverem à sua disposição os recursos naturais não renováveis do planeta. Terão que montar um sistema de pressões e constrangimentos garantidores da consecução de seus intentos"
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Henry Kissinger, 1994
quando era Secretário de Estado dos Estados Unidos da América

quinta-feira, 20 de março de 2008

Brassavola martiana Lindl.

orquídea amazonia orchid amazon Brassavola martiana Lindl. Santarém lago Maicá

Inflorescência de orquídea Brassavola martiana Lindl. flagrada em igapó no Lago do Maicá em Santarém, PA.

A espécie foi descrita no documento Flora Brasiliensis, produzido entre 1840 e 1906 pelos editores Carl Friedrich Philipp von Martius, August Wilhelm Eichler e Ignatz Urban, com a participação de 65 especialistas de vários países. Contém tratamentos taxonômicos de 22.767 espécies, a maioria de angiospermas brasileiras, reunidos em 15 volumes, divididos em 40 partes, com um total de 10.367 páginas."


Família Orchidaceae
SubFamília Monandrae
Tribo Laellinae Pfitzer
SubTribo Cattleyeae Pfitzer
Gênero Brassavola R.Br.
Seção Sessililabia
Cogn. Brassavola martiana Lindl.
Vol. III, Part V, Fasc. 123 Colunas 261 - 262 Prancha 61
01 de junho de 1898

O documento está disponibilizado na internet, podendo ser acessado ativando o endereço correspondente na coluna "Visite" ao lado.

Foto: © Nelson Wisnik, 2008
Prancha: Flora Brasiliensis