domingo, 14 de junho de 2009

quem tem a ensinar?

Duas palmeiras, muito parecidas, distinguíveis apenas através de detalhada análise taxonômica, estão sujeitas a intervenções diferenciadas devido às culturas das regiões nas quais proliferam.

Na Mata Atlântica proliferava a Euterpe edulis, conhecida como palmeira Jussara, de onde é extraído o palmito, atividade predatória que a levou à beira da extinção, que só recentemente tem seu quadro aparentemente sendo revertido.

Na Amazônia prolifera a Euterpe oleracea, conhecida como açaí, de cujo fruto é extraído nutritivo ingrediente da culinária regional.

Na costa atlântica, região "civilizada e desenvolvida", não se soube fazer uso de um importante recurso florestal de maneira sustentável, enquanto que os povos da floresta o fizeram.

Este é apenas um exemplo dentre várias atividades que nos fazem perguntar: quem tem a ensinar?

Leia também a postagem "Floresta em Pé", de 29 de março de 2008, neste mesmo blog.

Foto: © Nelson Wisnik, 2009 - muda de palmeira Jussara, Euterpe edulis, cedida para replantio pela Prefeitura Municipal de São Vicente

domingo, 7 de junho de 2009

criada a Resex Renascer

. extrativismo reserva amazônia extrativista sustentabilidade sustentávelFoi criada, em 05 de junho próximo passado, mais uma Reserva Extrativista, a RESEX Renascer, no município de Prainha, Estado do Pará, ápice de um processo que já se estendia por mais de dez anos, reinvindicação antiga das populações tradicionais locais.
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"Uma Reserva Extrativista (RESEX) está relacionada a uma área onde as questões ambientais e sociais são indissolúveis, "é uma área utilizada por populações locais, cuja subsistência baseia-se no extrativismo e, complementarmente, na agricultura de subsistência e na criação de animais de pequeno porte, e tem como objetivos básicos proteger os meios de vida e a cultura dessas populações, e assegurar o uso sustentável dos recursos naturais da unidade".
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“As Reservas Extrativistas são espaços territoriais destinados à exploração auto-sustentável e conservação dos recursos naturais renováveis, por populações tradicionais. Em tais áreas é possível materializar o desenvolvimento sustentável, equilibrando interesses ecológicos de conservação ambiental, com interesses sociais de melhoria de vida das populações que ali habitam.”

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leia mais sobre extrativismo em postagens anteriores, de primeiro de maio, "extrativismo e desenvolvimento sustentável" e "a Carta de Belém"

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