A região amazônica, que abrange 60% do território brasileiro e tem uma população de aproximadamente 25 milhões de habitantes, está sujeita à alta incidência de radiação solar por se situar próxima ao equador, entre 5°N e 10°S, com o agravante de haver menos ozônio na atmosfera, que poderia atuar como um filtro da radiação ultravioleta, mas com o atenuante de maior nebulosidade na atmosfera, que também atua como um filtro dela.
A radiação ultravioleta causa danos à saúde, em especial à pele e aos olhos, ambos diretamente expostos à radiação, o que não ocorre com os órgãos internos do corpo. Para melhor quantificar o efeito da radiação ultravioleta sobre o corpo humano, foi criado o “índice ultravioleta”, I-UV, que é uma medida da intensidade da radiação UV relevante aos efeitos sobre o tecido humano, computado através da intensidade da radiação ultravioleta incidente na atmosfera e do conteúdo de ozônio desta, aplicando-se uma correção eritêmica, que considera os efeitos sobre a o tecido humano em função do comprimento de onda da radiação. Utilizando-se os dados de I-UV e da nebulosidade local, calcula-se o índice. Aos valores de I-UV estão associadas as precauções necessárias bem como o tempo de exposição máximo para que não hajam efeitos nocivos à saúde. O I-UV varia de acordo com a latitude e as estações do ano, e as regiões Norte e Nordeste do Brasil estão sujeitas a níveis extremos durante todo o ano, o que não ocorre com as outras regiões do país.
A comunidade médica destaca a necessidade de proteger os olhos contra a radiação UV através do uso de óculos, mas é importante atentar para o tipo de lentes pois, se utilizarmos óculos escuros cujas lentes não oferecem proteção aos raios ultravioleta o efeito será contrário, as pupilas dos olhos se abrirão devido à redução da intensidade de luz que atinge os olhos e mais radiação ultravioleta entrará e atingirá a retina do que se não fossem utilizados óculos escuros.
Tendo a radiação UV menor comprimento de onda que a radiação visível, esta é mais espalhada pela atmosfera, assim, mesmo que estejamos na sombra, protegidos da luz visível e do calor (radiação infra-vermelha), não estamos protegidos da radiação UV difusa.
A tabela abaixo apresenta valores do I-UV e as precauções necessárias:
Devido à proximidade da linha do equador, os valores do I-UV nas regiões norte e nordeste são praticamente constantes durante todo o ano. Para as outras regiões é observado um comportamento sazonal, com valores mais altos no verão e mais baixos no inverno. Deve-se destacar que, durante vários meses do ano, o território brasileiro apresenta, em condições de céu claro, I-UVs considerados extremos pela Organização Mundial da Saúde.
A tabela abaixo apresenta valores do I-UV e as precauções necessárias:
Devido à proximidade da linha do equador, os valores do I-UV nas regiões norte e nordeste são praticamente constantes durante todo o ano. Para as outras regiões é observado um comportamento sazonal, com valores mais altos no verão e mais baixos no inverno. Deve-se destacar que, durante vários meses do ano, o território brasileiro apresenta, em condições de céu claro, I-UVs considerados extremos pela Organização Mundial da Saúde.
Veja a tabela abaixo (*):
Se quiser saber o I-UV para sua cidade acione o link "previsão de tempo" na barra de menu deste blog. Aproveite também a oportunidade e visite o site "Programa Sol Amigo", e tome alguns minutos para responder à pesquisa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE sobre exposição ao Sol.
(*) Corrêa, M. P. Índice Ultravioleta: Avaliações e Aplicações - Tese apresentada ao Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas, Universidade de São Paulo, para obtenção do título de Doutor em Ciências, Área de concentração: Meteorologia Junho de 2003
(*) Corrêa, M. P. Índice Ultravioleta: Avaliações e Aplicações - Tese apresentada ao Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas, Universidade de São Paulo, para obtenção do título de Doutor em Ciências, Área de concentração: Meteorologia Junho de 2003
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