O Brasil começou como colônia extrativista de madeira, o pau-brasil (Caesalpinia echinata [1]), atividade que persiste até hoje, sobretudo na Amazônia, de maneira ilegal.
Na Amazônia a pecuária é uma atividade essencialmente extrativista e não-sustentável, além de ser responsável por grande parte do desmatamento da floresta uma vez que o pasto, quando não mais sustenta o gado, é abandonado e nova área desmatada. Os nutrientes antes existentes na floresta foram reduzidos pelo fogo após sua derrubada e agregados ao solo, não sendo repostos após o gado pastá-lo.
Também a pesca, para ser uma atividade sustentável, requer o respeito ao defeso, época de reprodução na qual fica proibida. Visando reduzir o impacto econômico no setor, nesta época os pescadores recebem do Governo Federal o seguro defeso.
Os extrativismos animal e vegetal, quando bem feitos, podem ser sustentáveis, mas o extrativismo mineral é essencialmente não-sustentável, à exceção da água. Na Amazônia o extrativismo do manganês na Serra do Navio, no Estado do Amapá, já fechou seu ciclo, a exploração do alumínio está a meio caminho em Oriximiná e iniciando em Juruti, ambas no oeste do Estado do Pará.
Quantas pessoas, empresas ou instituições, no Brasil ou no exterior, se perguntam se o produto que estão comprando foi produzido a partir de uma atividade sustentável?
"A ignorância, embora apanágio de muitos, é privilégio de poucos", não se permita ignorar.
Para saber mais sobre EXTRATIVISMO acesse o link em VISITE na barra de menu deste blog.
Prancha: Pau-Brasil (Caesalpinia echinata), acessível em Flora Brasiliensis na barra de menu.
[1] A taxonomia foi alterada, o Pau-brasil deixou de ser classificado como uma Caesalpinia, passando a ser 'Paubrasilia echinata'
Nenhum comentário:
Postar um comentário