domingo, 10 de maio de 2009

hidrelétricas na Amazônia

. Hidrelétricas Amazônia Balbina Tucuruí Belo Monte Jirau Santo Antônio rio Uatumã Tapajos Trombetas Xingu Usinas hidrelétricas geram eletricidade a partir de dois fatores, a queda d’água e a vazão do rio. A potência de uma usina hidrelétrica está associada ao produto destes dois fatores. Aproveitamento hidrelétrico é economicamente viável desde que apresente queda d’água expressiva ou grande vazão. Não há dúvidas sobre o aproveitamente se a queda e a vazão são grandes. Usinas de baixa queda d’água necessitam de grande vazão.
.
A Amazônia é uma extensa planície atravessada por rios de grande vazão e baixa declividade, com expressiva variação de nível entre a época da cheia e da vazante. Aproveitamento hidrelétrico na Amazônia, para ser economicamente viável, requer a formação de grandes reservatórios, com alterações ambientais de consequências imprevisíveis e altos custos sociais.
.
Os povos tradicionais, nativos e quilombolas residentes na região amazônica não são contemplados com os benefícios da energia ali gerada. Há um vazio energético na região, basta consultar os mapas disponibilizados pela ONS – Operador Nacional do Sistema. Pior que isso, a parca energia disponibilizada tem o maior custo dentre as regiões do Brasil, o que pode ser constatado através do documento “Indicadores de Competitividade na Indústria Brasileira”, emitido pelo CNI – Confederação Nacional da Indústria.
.
Tomando-se como exemplo a usina hidrelétrica de Tucuruí, foram construídos milhares de quilômetros de linhas de transmissão de energia elétrica para conectá-la ao SIN – Sistema Integrado Nacional, mas nenhum para energizar as cidades e comunidades da margem esquerda do Rio Amazonas, a região chamada Calha Norte.
.
A Compensação Financeira, rateada entre os Estados e Municípios afetados na área de produção da energia, corresponde a 6% do faturamento calculado pela TAR – Tarifa Atualizada de Referência, enquanto que os Estados consumidores recebem mais de 25% através do ICMS.

.
Enquanto os povos da Amazônia são taxados de egoístas por sua restrição à construção das usinas, Estados como São Paulo e Paraná se dão ao luxo de rejeitar novos aproveitamentos hidrelétricos nestes Estados baseados nos mesmos argumentos que negam àqueles.
.
Há um preceito financeiro que estabelece que não se pode gastar mais do que se recebe. Isto também deve ser seguido com relação à energia. O modelo desenvolvimentista está baseado puramente no crescimento, não na estabilidade sustentável. Há um limite e, quanto mais cedo a ele nos adaptarmos, se oportunidade ainda houver, menos traumático será.

Foto: Reservatório da UHE Balbina, no Rio Uatumã, AM
.
....... EMBRAPA, Brasil Visto do Espaço

Nenhum comentário: